Teleangiectasias e veias varicosas afetam aproximadamente 80 milhões de indivíduos por ano nos Estados Unidos. As teleangiectasias se localizam geralmente na face e pernas. Ao contrário, veias varicosas se localizam na região posterior da panturrilha ou face interna da perna. Embora não se conheça exatamente a causa das teleangiectasias e das veias varicosas, atribuí-se fatores genéticos, ganho de peso, flutuação hormonal da gestação, contraceptivos orais, e terapia de reposição hormonal, bem como permanecer sentado ou de pé por longos períodos de tempo. Além de indesejáveis, algumas formas de teleangiectasias e veias varicosas causam desconforto, dor na perna e por vezes outras doenças. A escleroterapia, tratamento mais comum, é seguro, eficaz e praticamente indolor, podendo ser usado no tratamento de teleangiectasias e veias varicosas.
Antes de saber como tratar a teleangiectasias e as veias varicosas usando escleroterapia, é necessário compreender o que causa o aparecimento de teleangiectasias e veias varicosas. O sistema circulatório é composto de artérias e veias. Artérias transportam sangue oxigenado do coração e pulmões para o organismo. Ao contrário, veias transportam sangue de volta ao coração e pulmões. As teleangiectasias e as veias varicosas ocorrem em maior frequência nas pernas, sendo conhecidas como veias superficiais. Isso se deve a fato de as veias estarem submetidas a grande pressão, precisando trabalhar mais ativamente que outras veias para realizar o transporte de sangue para o coração, contra força da gravidade.
O sangue flui normalmente a partir dos vasos superficiais em veias profundas, conectadas através de veias perfurantes. Geralmente, as veias contam com válvulas unidirecionais que evitam o refluxo de sangue para a veia, em seu trajeto para coração e pulmões. Caso as válvulas das veias perfurantes ou veias superficiais não funcionam adequadamente, parte do sangue reflui e se acumula formando um pequeno “lago” venoso. À medida que o sangue se acumula, a pressão aumenta na parede da veia, causando enfraquecimento e tornando-a dilatada, ou distendida. Como resultado, formam-se as teleangiectasias e as veias varicosas na região.
Embora de causa semelhante, teleangiectasias e veias varicosas não são iguais. Teleangiectasias são geralmente emaranhados de veias de tom azulado ou avermelhado abaixo da superfície da pele. Apresentam características semelhantes à teia de aranha, circulares, ou independentes de outras veias. Ao contrário das teleangiectasias, as veias varicosas são edemaciadas, em forma de cordão torcido com elevação na superfície da pele. Geralmente, mais profundas que as teleangiectasias, apresentam coloração violácea ou azulada, e podem causar dor, câimbras, aumento de volume, e fadiga nas pernas. Enquanto a escleroterapia é usada no tratamento de grande variedade de teleangiectasias e veias varicosas, o tratamento cirúrgico deve ser indicado para veias varicosas de médio e grande calibre.
Durante a escleroterapia injeta-se uma solução química conhecida como agente esclerosante em vários pontos ao longo das teleangiectasias e veias varicosas. A escleroterapia é realizada geralmente com solução hipertônica, embora podem ser utilizadas outras soluções químicas ou formulações especiais. O agente irrita o interior dos vasos, que associado à compressão pós-tratamento causa colabamento da parede do vaso. Com o tempo, as veias são absorvidas pelo organismo, restabelecendo a aparência lisa e jovem da pele. Como outras terapias para remoção de veias, geralmente são necessários tratamentos múltiplos para se atingir os resultados desejados, embora a escleroterapia reduza significativamente a maioria das teleangiectasias e algumas veias varicosas pequenas.
O tratamento de escleroterapia é simples, ambulatorial e rápido, durando aproximadamente de 15 a 45 minutos. Como o procedimento é praticamente indolor, geralmente não se utiliza anestesia. Antes de iniciar o procedimento, a área tratada deve ser totalmente limpa usando-se uma solução de limpeza alcoólica.
Uma vez injetado, o agente esclerosante atua irritando o interior da veia, provocando inflamação. A compressão pós-procedimento associada à inflamação e edema causam colabamento da veia, fechando completamente o vaso e provocando sua retração. Às vezes, a veia se transforma em tecido cicatricial, sendo absorvido pelo organismo algumas semanas após o tratamento. A veia colabada não compromete o sistema circulatório, pois o sangue segue seu trajeto normal por outras veias íntegras.
Após a injeção é importante que a veia permaneça colabada. Portanto, pequenas bolinhas de algodão e curativo compressivo deve ser aplicado sobre a área tratada e recomenda-se o uso de meias de compressão para melhor cicatrização. Além de evitar que as veias tratadas se dilatem novamente, as meias de compressão auxiliam a prevenir a formação de coágulos nas veias colabadas.
Após o procedimento pode haver discreta coloração amarronzada como um pequeno ferimento das áreas tratadas, embora esta alteração de coloração desapareça com o tempo. As veias tratadas desaparecem em poucas semanas, e se transformam em tecido cicatricial. Para tratar completamente as veias são necessários múltiplos procedimentos, com intervalos de 4 a 6 semanas. Embora o número de tratamentos varie de indivíduo para indivíduo, a maioria necessita de dois a quatro tratamentos.
Os resultados do procedimento de escleroterapia dependem da espessura e extensão das veias que necessitam de tratamento. É importante notar que a escleroterapia pode não remover completamente as teleangiectasias e veias varicosas, nem prevenir o aparecimento de novas veias dilatadas. Ocorre melhora significativa em metade das veias tratadas, enquanto outras veias apresentem melhora apenas parcial. Contudo, a escleroterapia melhora significativamente a aparência geral, de maneira segura e eficaz, proporcionando a aparência lisa da pele, como desejado.
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